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Autenticidade por Rodrigo B. Alves




A existência humana em sua totalidade, a autenticidade, a finitude e a relação do ser humano com o mundo ao seu redor é o tema do filósofo alemão Martin Heidegger em sua publicação cujo título é: “Ser e Tempo”. Considerada uma das obras mais influentes e importantes da filosofia contemporânea. Heidegger sugere que a maioria das pessoas vive de forma inautêntica, imersa na preocupação cotidiana e alheia à sua verdadeira existência. Ele enfatiza a importância de confrontar a própria finitude e assumir a responsabilidade por nossa existência autêntica.


Este ato de assumir a responsabilidade por nossa existência autêntica implica em reconhecer que somos livres para fazer escolhas e tomar decisões que moldam nossas vidas. Isso pode ser um fardo para algumas pessoas, pois implica em aceitar a responsabilidade pelas consequências de nossas ações. Devemos refletir sobre nossos valores, desejos e propósitos na vida. Nos perguntar o que realmente importa e agir de acordo com esses princípios. Em vez de simplesmente seguir as expectativas sociais ou se conformar com o que os outros esperam de nós, precisamos encontrar nossa própria voz e viver de acordo com nossas próprias convicções.


Assumir a responsabilidade por nossa existência autêntica é um processo contínuo. Requer autoconsciência, reflexão constante e coragem para agir de acordo com nossas convicções. É uma jornada pessoal em busca de significado e propósito, na qual cada um de nós assumimos a responsabilidade por nossas vidas e viver de forma autêntica e alinhada com quem realmente somos.


Segundo o filosofo Jean-Paul Sartre, “somos seres livres e responsáveis por nossas próprias vidas.” Devemos reconhecer que somos os agentes ativos na criação de nossa própria realidade. Uma das obras filosóficas mais influentes de Sartre é "O Ser e o Nada", na qual ele explorou a natureza da consciência, liberdade e angústia existencial. Ele argumentou que a existência precede a essência, ou seja, os indivíduos não nascem com propósitos predeterminados, mas devem criar os seus próprios por meio de escolhas e ações livres. Sartre enfatizou a responsabilidade que os indivíduos têm na construção de suas próprias vidas e as implicações éticas de suas escolhas. Importante reconhecer que a falta de atitude também é uma escolha e que somos responsáveis por nossas decisões, ações e falta delas. A inércia e a falta de atitude podem surgir de diversas razões, como o medo, a indecisão, perfeccionismo assim como a falta de clareza sobre nossos objetivos.


No entanto, a filosofia japonesa wabi-sabi nos convida a pensar para além da arte, e abraçar as imperfeições e os aspectos transitórios da vida, incluindo emoções paralisantes, como o medo. Em vez de evitar ou suprimir o medo, podemos reconhecer sua presença e explorar o que ele tem a nos ensinar e vê-lo como parte natural da experiência humana. Wabi-sabi nos convida a estar presentes no momento atual, a encontrar beleza nas coisas simples e a valorizar a autenticidade.


Essa perspectiva pode nos ajudar a focar naquilo que realmente importa, em vez de nos prendermos a preocupações e medos futuros. Ele nos lembra que a vida é imperfeita, transitória e cheia de mudanças, e que podemos encontrar beleza e significado mesmo nas situações mais desafiadoras. Ao incorporar os princípios do wabi-sabi em nossas vidas, podemos adotar uma postura mais equilibrada e cultivar uma maior resiliência emocional.


Rodrigo Bairros Alves é Graduado em Quiropraxia pela Universidade Anhembi Morumbi UAM (2008) e especialista em Sports Chiropractic (ICSSD) pela New York Chiropractic College NYCC (2010) possui especialização em Acupuntura pela FATESP (2009), tendo habilitação e certificação em Acupuntura e Medicina Tradicional Chinesa (2002). Formação Internacional em Fitoterapia Chinesa (2017). Tem experiência em saúde emocional, disfunções músculoesqueleticas e nas Práticas Chinesas de Saúde e Longevidade; Meditação e Exercícios da Medicina Chinesa - Qigong.

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